Esse post é uma reflexão. Por aqui, nada de verdades absolutas, nada de impor regras. O que é bom e bonito pra mim, pode não ser pra você e vice-versa. Tudo bem ser assim! 🙂

Faz algum tempo que eu falo sobre isso. A ideia aqui não é influenciar ninguém a fazer o que não quer. Pelo contrário! É oferecer opções para que tenhamos ESCOLHAS.

Se eu tivesse opção no passado, não teria demorado tanto tempo pra me (re)encontrar. Estou falando de cabelo crespo, de consciência sobre de onde eu vim, sobre sofrer preconceito, racismo, sobre não se ver ao entrar em lugares específicos, não se achar bonita o suficiente, não se enquadrar nos padrões e por ai vai… Falo também do cuidado que temos que ter ao julgar pessoas que querem mudar seu cabelo e as que não querem, ou ao julgar seu estilo e suas vidas.

Antes de cortar meu cabelo, li muito os blogs de várias meninas. Isso e outras coisas me fizeram QUERER mudar e tentar me ver como eu era antes dos alisamentos e afins. É por isso que eu digo que ter referências é importante para as nossas escolhas.

Volto a repetir que se um dia eu quiser mudar novamente meu cabelo, meu estilo, tenho esse direito. Assim como muitas de nós não querem deixar o cabelo natural por se sentirem bem e felizes com seus cabelos como estão. Temos apenas que respeitar.

A questão pra mim é não bater o martelo sobre uma verdade absoluta em nada nessa vida, muito menos quando o assunto é cabelo, corpo, estilo de vida etc.

Voltando a falar de referências: fui ao evento ENCRESPA GERAL (que – resumindo bastante – é um projeto de ação social que promove eventos que celebram a inspiração e valorização do uso do cabelo natural (cabelo crespo, cacheado, ondulado) como forma de autoconhecimento e reencontro das raízes. Marília Gabriela, minha fada, que cortou e transformou meu cabelo, já havia me convidado diversas vezes e eu finalmente consegui ir.

Mais do que empoderar, o evento valoriza a diversidade racial, nos propõe questionamentos e reflexões incríveis.

Assisti uma palestra e ouvi depoimentos que me fizeram refletir sobre tanta coisa. Me sinto privilegiada de poder ouvir tantas histórias e poder responder internamente a tantas questões que não conseguia antes.

Esse assunto foi tema de uma conversa incrível que tive na sexta com a Ana Soares, do Hoje Vou Assim Off, com a Ju, amiga e colunista do blog, e com a Camila Faria, do Não Me Mande Flores. Entre outras coisas que falamos, uma delas foi como ainda em 2015 as pessoas podem ser preconceituosas com cor da pele, pessoas de outros estados, pessoas com sobrepeso etc. A Ana, aliás, cedeu seu blog para um post maravilhoso sobre pluralidade que todo mundo deveria ler aqui.

“A questão não é impor um estilo. Apenas fornecer inspiração e informações para quem se interessa pelo tema, para que cientes possam fazer suas escolhas” , assim está descrito no site Encrespa e é assim que eu acredito ser coerente com o que penso.

Nota mental: falo muito aqui de cabelo crespo, pois é minha realidade e algo que eu tenho mais propriedade para falar. Mas o tema poderia ser o preconceito regional, gordofobia etc. A gente precisa cutucar a ferida e fazer de alguma forma as coisas mudarem… pra melhor. <3

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